Thursday, December 28, 2006

LICEU DIOGO CÃO

Bons tempos aqueles em que estudei neste Liceu, nos anos de 1952/56.
As guerras nas camaratas dos Maristas, nos Kaboucos, os bailes e a sua severa disciplina, que embora rígida fazem muita falta nos tempos de hoje.
Nesses tempos ou se sabia ou se reprovava, não como agora que os alunos passam de ano sem nada saber, santa ignorância!!!!!!!!!!
Gostaria de ter contacto com alunos que o frequentaram nesses anos.

Wednesday, December 27, 2006

A MAIS BELA MESTIÇA

Numa tarde amena, há muitos, muitos anos passados, resolvi atestar o depósito da minha motorizada e dar um passeio, saboreando a brisa fresca e a paisagem e, sem dar por isso, heis que me encontro na Vila da Caala.
Percorrendo suas ruas, num dos seus cruzamentos abrandei, para dar passagem a três mulheres que a cruzavam e fui atraído pelo olhar da mais nova, que não tirava seus bonitos olhos dos meus. A princípio não liguei muito ao caso, mas ao arrancar, olhei para trás e vi que ela me seguia com o olhar e brindou-me com o mais maravilhoso sorriso , ( que jamais esquecerei), só então reparei na sua maravilhosa beleza, pensei que estaria sonhando ou que aquilo não me estava a acontecer. Estaria ela a brincar comigo na certa, pensei. Sendo ela uma mulher tão linda, mulher de fazer perder a cabeça a qualquer homem em sã consciência, porque havia ela de se interessar por mim, um pobre coitado ainda para mais tímido e sem nenhum atractivo para qualquer mulher como ela.
Certo é que não consegui resistir e mais à frente resolvi voltar para trás para ver se a via e tirar as dúvidas de uma vez por todas.
Depois de as encontrar novamente, já não era só ela que me sorria, mas sim as três, que depois vim a saber se tratarem da avó e tia. Passei por elas vezes sem conta, com o jogo dos sorrisos cada vez mais acentuados, até elas entrarem para a casa onde habitavam. Depois o meu passeio deixou de ter outro sentido, não larguei mais aquela casa, de cá para lá e de lá para cá, até que apareceu no portão do quintal a tia e me convidou para entrar. Fiquei envergonhado, claro, sem saber o que fazer, por fim arranjei coragem, entrei no quintal e estava ela sentada numa mesa debaixo de uma enorme mangueira, com a avó, toda sorridente. Eu, nervoso como estava já me tremiam as pernas sem saber o que fazer. Ai, ela pôs-me à vontade, convidou-me para sentar,e entabolou conversa comigo, dizendo-me que nunca me tinha visto por aquela Vila, de onde era,etc.etc.e tal.........
Ao cabo de meia hora já estava-mos todos em família, com uns bons copos de cerveja fresquinha nas mãos. A avó e a tia disseram que tinham que sair para ir à loja comercial mais próxima, fazer compras e a minha Deusa perguntou-me se eu não me importava de ficar com ela, ao que respondi que não claro!!! Seria um sonho ou realidade? Só sei que escassos minutos depois estava ela sentada no meu colo e o que começou de um beijo na boca dado com receio de ser rejeitado, acabou sendo o beijo mais ardente e prolongado que jamais tive em toda minha vida e enormemente correspondido.
Após cerca de uma hora passada, chegam as senhoras das compras e vendo-nos naquela paixão, trocaram umas palavras em humbundo, que não percebi e fomos convidados os dois,(eu e ela), para entrar em casa , para a sala que servia de jantar e visitas ao mesmo tempo. Eu, claro fiquei um pouco atrapalhado porque não contava ser apanhado naqueles propósitos, mas enfim, o que se havia de fazer? Ai percebi que era bem recebido por todas e pelos vistos já tinham combinado tudo no seu dialecto.
Como vinham com calor, porque o calor àquela hora já começava a apertar, foram a geleira buscar as últimas cervejas que tinham e foram sentar-se na mesa do quintal saboreá-las.
Claro que nós os dois, na sala, não durou muito a separação , como um íman fomos atraídos um pelo outro e assim passamos horas sem fim, até o sol se pôr.
Com muito custo nos despedimos, com a promessa de nos voltarmos a ver em breve, mas quis o destino que embora, muitas tentativas da minha parte tivesse feito nesse sentido, nunca mais soube de nenhuma delas. Desloquei-me vezes sem conta à dita casa onde moravam e encontrei-a sempre fechada. Numa ocasião perguntei a um dos vizinhos por elas e disseram-me que tinham ido ao Quipeio onde tinham um familiar doente. Meses depois fui frequentar um curso em Sá da Bandeira onde permaneci dois anos e meio.

Desde ai nunca mais tive notícias, ficando apenas aqueles belos momentos a perpetuar a minha mente até aos dias de hoje, como uma dádiva dos céus.

Terá sido um sonho ou realidade?...........
















































Terá sido sonho ou realidade?